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A linguagem jurídica, também chamada de juridiquês, é uma barreira para as pessoas leigas entenderem documentos jurídicos. Mesmo para quem é do Direito, a linguagem pode ser complexa, dando margem para diversas interpretações, meses de negociação de um contrato, recursos e uma longa jornada de processo judicial.
Então para simplificar essa comunicação jurídica que surge o legal design.
A partir de recursos visuais e técnicas específicas de escrita simplificada,
é possível tornar contratos, processos, políticas e diversos outros documentos mais fáceis de compreender.
Os benefícios do legal design para você, como profissional do Direito, são inúmeros.
Vai desde fechamento de contratos mais rápido com seu cliente e fideliza-os, até maiores taxas de sucesso no judiciário.
Neste e-book, vamos explicar como você pode aplicar esses elementos em seus trabalhos. Acompanhe!
O Legal Design, também chamado de visual law, é uma área relativamente nova e a sua principal intenção é tornar o próprio Direito mais acessível para qualquer pessoa.
Por meio de uma linguagem simples, é possível construir documentos que qualquer pessoa entenda.
Para facilitar a leitura, o legal design faz uso de princípios de design e elementos visuais, que é o tema que iremos aprofundar neste ebook.
Antes de entrarmos nos elementos visuais, é importante que você conheça as vantagens do Legal Design.
Parece até simples demais — e é mesmo! Ao aplicar elementos gráficos pensados estrategicamente em seus documentos jurídicos, você faz com que eles sejam lidos e compreendidos com o mínimo de burocracia e ruído possível.
Trata-se, portanto, de investir em algo que deve estar no foco de qualquer tipo de negócio: a experiência do cliente, neste caso, a experiência do leitor final, que pode ser o seu cliente, cliente do cliente, ou até mesmo o juiz.
Ou seja, mais do que recursos, o Legal Design diz respeito a uma nova forma de pensar e se comunicar no Direito.
Os principais benefícios, entre tantos outros são:
→ fácil compreensão dos documentos jurídicos;
→ atração e fidelização de clientes;
→ fechamento de contratos mais rápido;
Agora que você já viu como o Legal Design é necessário e transformador (tanto do seu trabalho quanto nas suas relações com os seus clientes), é preciso compreender exatamente quais são os elementos que realmente vão fazer a diferença na sua comunicação.
Cores, escalas, simetrias, hierarquias e contrastes são alguns dos recursos visuais amplamente aplicados no design — e não seria diferente no Legal Design.
Mas é preciso lembrar que, assim como no design, cada elemento inserido deve ter a sua razão de estar ali. Organizar a leitura e melhorar a compreensão são alguns dos motivos de aplicar cada recurso visual.
Para ajudar você a aplicar o Legal Design no seu documento, listamos alguns dos elementos mais usuais e funcionais. Veja só:
→ Ícones:
Aposte em ícones simples, claros e sempre reconhecíveis. Também os use com moderação, tenha um critério de uso (padronizando os documentos) e cuidado para não ser ofensivo;
• Ícones mais usados:
• Principais estilos de ícones:
É importante que você use o mesmo estilo de ícone em todo o seu documento. Portanto se você optar por usar ícones em 3D para indicar o campo de partes, não use um ícone outline para indicar pagamento, por exemplo.
→ Linha do tempo:
Elas ajudam a organizar informações ao longo do tempo, como o histórico de fatos, prazos, período de exclusividade, ações periódicas.
→ Gráficos:
São muito úteis para representar limites econômicos, ajustes de preços e aumentos percentuais.
→ Fluxograma:
Pode ser útil, por exemplo, para mostrar a linha sucessória um processo, demonstrar interação interna entre documentos ou a hierarquia de um negócio.
→ Tabelas:
São uma boa opção para usar quando for atrelar questões financeiras ou performance. Um exemplo de utilização pode ser no incidente de vazamento de dados, como na imagem abaixo:
→ Árvore de decisão:
Trata-se de uma representação, como um mapa, que apresenta escolhas e possíveis resultados, como uma árvore.
Ela aponta aos clientes as opções e seus possíveis desdobramentos com clareza. São muito úteis em procedimentos de respostas de LGPD, por exemplo.
ATENÇÃO:
A diferença entre uma árvore de decisão e um fluxograma é que na árvore não pode existir loop, ou seja, uma ação que faça o fluxo voltar em alguma etapa. Além disso, toda árvore precisa ter início e fim, mesmo que termine em várias possibilidades diferentes.
→ Fontes:
A escolha da letra certa torna a leitura mais fácil e menos cansativa, o que é importante principalmente em documentos mais longos. Em alguns tipos de contratos a lei estabelece o tamanho de fonte mínima que deve ser observada, como é o caso dos contratos de adesão, previsto pelo CDC.
→ Numeração e Marcadores:
Organizar as informações com números e marcadores simplifica a leitura, dividindo cada informação em pequenos blocos. Assim, o leitor capta o que está escrito sem se perder e fica mais fácil escanear a informação.
→ Espaçamento:
No design, o espaço é fundamental para “respirar”. Tente ler um bloco de texto em que as palavras estejam grudadas e não há espaços em branco — bem difícil, certo?
→ Gamificação:
Engajar e facilitar a compreensão são alguns dos objetivos da gamificação. Não por acaso, ela é tão utilizada na educação. Aposte em interações funcionais e que podem transmitir os conceitos complexos do Direito de uma forma simples. Um exemplo disso é esse Game criado pela Bits.
Como você viu até aqui, o Legal Design tem como propósito melhorar a comunicação, tornando os documentos mais acessíveis, especialmente ao público leigo.
Mas é preciso ter alguns cuidados para que o seu trabalho traga os resultados esperados.
Entre os principais, está a grafia correta — afinal, evitar palavras complicadas e rebuscadas é diferente de escrever errado. Faça seus documentos e, em seguida, uma revisão minuciosa.
Gírias também devem ser evitadas, já que elas podem facilitar a comunicação com determinado público, mas dificultar com outro. Opte pelo simples e compreensível por todos.
O excesso também deve ser evitado. Um dos elementos mais importantes do design é o espaço em branco, para que os olhos “descansem” e as informações possam ser percebidas na ordem que você deseja.
Use elementos e ícones que seja de conhecimento geral das pessoas ou daquele grupo de pessoas. Lembre que o elemento visual é usado para facilitar e não o contrário. Se ela tiver que decifrar o que significa aquele elemento, ele não está cumprindo seu papel.
Antes de começar a criar o seu projeto de Legal Design é importante ter em mãos a identidade visual do cliente. Se a marca tem azul escuro e dourado, por exemplo, você pode aproveitar essa unidade nos seus documentos.
Também vale a pena ter “documento padrão”. Aqueles modelos que você vai usar de base para redigir outros semelhantes. A estrutura de um contrato, por exemplo, deve ser sempre a mesma. Dessa forma, você evita esquecer de algo ou acrescentar informações demais, por exemplo.
Uma plataforma que torna mais fácil a criação desses documentos é o UX DOC. É possível criar seus modelos, acessá-los de qualquer lugar, já que ficam armazenados na nuvem e usar a automação no seu legal design.
Por fim, vale a pena perceber os feedbacks dos seus clientes, ainda que eles não expressem as suas opiniões sobre os documentos tão claramente. Você vai notar a partir do próprio entendimento deles (suas conclusões e dúvidas) se o seu legal design está mesmo surtindo o efeito esperado.
Como você viu neste e-book, aplicar o Legal Design nos seus documentos é mais simples do que você imagina.
Além de ser um diferencial, é uma necessidade para quem quer se aproximar e conquistar mais clientes, garantindo a melhor experiência para eles.
O mais interessante é que você não precisa ser um expert em design para aplicar as melhores técnicas, com o UX DOC você cria legal design de forma rápida e fácil.
Crie hoje a sua conta no UX DOC gratuitamente e aplique todos os recursos visuais que você aprendeu neste e-book!
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